Inseguros quanto ao futuro econômico e político do País, consumidores migram recursos para a compra de novas cotas como forma "segura" de crédito para aquisição de produtos e serviços.

São Paulo - O cenário de insegurança tem elevado a demanda de consumidores por consórcios em 7,8% como alternativa de investimento e de consumo. Com mais de R$ 30 bilhões comercializados por semestre, expectativa é que setor contribua para a retomada do País.

Conforme os últimos dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o consolidado dos cinco primeiros meses do mês apontou alta de 66,2 mil novas cotas em relação a igual período de 2016 (de 846,3 mil para 912,5 mil). 

Neste sentido, não apenas a demanda mostra alta, mas o lado da oferta também tem se movimentado entre nomes de peso do mercado. 
Para o presidente executivo da associação, Paulo Roberto Rossi, o movimento acontece porque o consumidor passa a mudar seus métodos de consumo "impulsivo" e sua preparação para recursos futuros.

"Incertas, as pessoas aumentam sua intenção de poupar e têm maior cautela para consumir. Em ambos os casos, o consórcio aparece como alternativa", explica.
Nessa linha, ainda segundo a Abac, os créditos vendidos subiram 24,7% no acumulado de janeiro a maio deste ano contra igual período do ano passado (de R$ 29,11 bilhões para R$ 36,30 bilhões).

"Há brasileiro que ainda quer consumir e tem dinheiro no bolso, mas é o medo de apostar no imediato que o leva a migrar para o consórcio. A movimentação de R$ 30 bilhões por semestre demonstra o potencial do segmento em corroborar para a retomada econômica”.
Conforme dados da Abac , as cotas desse segmento cresceram 113% no acumulado do ano até maio ante iguais meses de 2016 (de 5,15 mil para 11 mil).
"O potencial existe e o consorciado já avalia todas as oportunidades. Cabe às indústrias também terem ofertas para que o dinheiro contemplado vire a compra de um produto ou serviço" acrescenta Rossi.

Fonte: 
** ABAC - Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios